Multiple Sclerosis Overview

Viver com Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença que afeta o sistema nervoso. Pode alterar radicalmente a sua vida e afetar indiretamente aqueles que cuidam de si.

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A Esclerose Múltipla afeta aproximadamente 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo.[1]

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A Esclerose Múltipla é uma doença do Sistema Nervoso Central (SNC) que perturba o fluxo normal de informações e pode resultar em graves dificuldades no funcionamento do corpo.[2][3]

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Não é possível prever a progressão, a gravidade e os sintomas de Esclerose Múltipla, porque a doença afeta cada pessoa de maneira diferente.[3][4]

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Atualmente, a Esclerose Múltipla não tem cura conhecida, mas nas últimas décadas aumentaram as opções de tratamento. As investigações em curso continuam a abordar a doenla, os seus sintomas e as suas causas.[5][6]

O que é a Esclerose Múltipla (EM)?

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica autoimune na qual as próprias células imunitárias do ser humano atacam o Sistema Nervoso Central, resultando em lesões.[7][5]

  • Normalmente, as células do sistema imunitário circulam no organismo à procura de sinais de agentes infeciosos (como vírus e bactérias). Se encontrarem algum, atacam-no.
  • Por razões ainda desconhecidas, em doentes com Esclerose Múltipla, as células imunitárias atacam a cobertura externa das células nervosas, a chamada mielina, e causam inflamação no Sistema Nervoso Central.[7]
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Inflamação: A inflamação é uma resposta natural e protetora do seu organismo a uma agressão, tais como agentes patogénicos, células danificadas ou substâncias irritantes. A inflamação visa eliminar a causa inicial da lesão celular, eliminar os tecidos danificados e iniciar a reparação dos mesmos.[8] Na Esclerose Múltipla, ocorre uma inflamação anormal que causa danos no Sistema Nervoso Central.[9]

Células B e Células T: Várias células diferentes estão envolvidas na resposta imunitária normal. Geralmente, as células B produzem anticorpos que ajudam o sistema imunitário a reconhecer a substância infeciosa estranha, e as células T atacam a substância infeciosa estranha e ajudam a controlar a resposta imunitária. Na Esclerose Múltipla, essas células movem-se para o Sistema Nervoso Central, causando lesões.[5]

Mielina: A mielina é uma substância que forma uma camada protetora sobre os neurónios no Sistema Nervoso Central. Essa camada ajuda os neurónios a enviar sinais de forma rápida.[10] Quando a mielina é danificada ou destruída por doenças desmielinizantes, como a Esclerose Múltipla, torna-se mais difícil para os neurónios comunicarem de forma rápida e eficaz. Os próprios neurónios também podem ficar danificados.[10][9]

Lesões da Esclerose Múltipla: As áreas onde a inflamação danificou ou destruiu a mielina são chamadas “lesões”. Essas lesões podem ocorrer no cérebro, no nervo ótico e na medula espinhal. O seu médico poderá ver essas lesões através de uma ressonância magnética (RM).[11]

De que forma a Esclerose Múltipla impacta a comunicação no Sistema Nervoso Central (SNC)?

O Sistema Nervoso Central comunica enviando sinais através das células nervosas, também designadas “neurónios”. Os neurónios ajudam-no a processar a realidade e a responder ao mundo à sua volta.[12]

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Os grupos de neurónios interligam-se para formar redes neuronais que são como autoestradas bem conservadas em todo o Sistema Nervoso Central.[13] Isso permite que o seu cérebro receba e processe informações do mundo à sua volta.

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Com a Esclerose Múltipla, essas “autoestradas” ficam danificadas e com o tempo podem desligar-se.[14][12] Isso pode levar a que os sinais se movam mais lentamente e com menos eficiência pelas redes neuronais.[14]

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O Sistema Nervoso Central pode construir novas ligações para tentar reparar os danos. No entanto, a sua capacidade de construir essas novas ligações diminui com o tempo.[15][13]

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À medida que o cérebro tenta construir novas ligações, pode tornar-se menos eficiente. Pense nisto como se fosse um desvio do seu trajeto – podemos chegar ao destino, mas geralmente demoramos mais tempo.[15][16]

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Não há um sintoma, sinal ou teste laboratorial que possa diagnosticar definitivamente a Esclerose Múltipla, pelo que os profissionais de saúde devem usar uma variedade de métodos para avaliar os doentes antes de concluírem o diagnóstico. Os médicos farão uma história clínica detalhada, realizarão um exame neurológico e solicitarão exames adicionais, incluindo testes sanguíneos, exames de fluido espinhal (às vezes chamados de punção lombar) e procedimentos imagiológicos, incluindo uma ressonância magnética.[17]

Só é feito um diagnóstico de Esclerose Múltipla se os resultados destes testes e exames corresponderem a determinados critérios (conhecidos como “Critérios de McDonald”).[18]

Um diagnóstico de Esclerose Múltipla pode incluir a identificação do seu subtipo, entre os quais: a Esclerose Múltipla Surto-Remissão, a Esclerose Múltipla Secundária Progressiva ou a Esclerose Múltipla Primária Progressiva.[2][6]

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Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP)
Exemplo de atividade da doença numa pessoa com EMPP[19]
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Na Esclerose Múltipla Primária Progressiva, os sintomas e a função neurológica deterioram-se gradual e progressivamente ao longo do tempo. A EMPP também pode ser caracterizada como ativa (com alguns surtos e/ou evidência de nova atividade na ressonância magnética num determinado período de tempo) ou não ativa, bem como com progressão (evidência de acumulação de incapacidade ao longo do tempo, com ou sem surtos e/ou atividade na ressonância magnética) ou sem progressão. Este tipo de Esclerose Múltipla afeta aproximadamente 10-15% dos indivíduos recém-diagnosticados.

O gráfico dá um exemplo dos tipos de atividade que podem ocorrer na EMPP ao longo do tempo; no entanto, cada caso tem as suas especificidades.

Adaptado da National MS Society, “Types of MS”.

Exemplo da atividade da doença numa pessoa com EMSR[20]
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A EMSR afeta a maioria das pessoas com Esclerose Múltipla (85%) e é caracterizada por surtos recorrentes seguidos por um período de recuperação ou remissão. Surtos são episódios de novos sintomas ou do seu agravamento, que podem ocorrer ao mesmo tempo que surgem lesões de Esclerose Múltipla no Sistema Nervoso Central.[2][5][15][16]

Os surtos podem variar em intensidade – de leve a grave – e os sintomas causados podem variar de pessoa para pessoa. Após um surto, os sintomas podem desaparecer completamente, mas nem sempre isso acontece. Se os sintomas persistirem, podem causar mais incapacidade.[15][16]

A Esclerose Múltipla Surto-Remissão também pode ser caracterizada como ativa (com surtos e/ou evidência de nova atividade na ressonância magnética num determinado período de tempo) ou não ativa, bem como aumento de incapacidade e/ou agravamento dos sintomas.[15]

O gráfico dá um exemplo do tipo de atividade da doença que pode ocorrer na EMSR ao longo do tempo; no entanto, cada caso tem as suas especificidades.

Adaptado da National MS Society, “Types of MS”.

Exemplo da doença em atividade numa pessoa com EMSP [21]
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Cerca de 80% dos doentes com EMSR tendem a evoluir para EMSP. Neste subtipo de Esclerose Múltipla, o funcionamento do Sistema Nervoso Central e o nível de incapacidade vão-se deteriorando continuamente ao longo do tempo, com ou sem surtos. A EMSP também pode ser caracterizada como ativa (com alguns surtos e/ou evidência de nova atividade observada na ressonância magnética num determinado período de tempo) ou não ativa, bem como com progressão (evidência de acumulação de incapacidade ao longo do tempo, com ou sem surtos e/ou atividade na ressonância magnética) ou sem progressão.[2][22][15]

O gráfico dá um exemplo dos tipos de atividade que podem ocorrer na EMSP ao longo do tempo; no entanto, cada caso possui as suas especificidades.

Adaptado da National MS Society, “Types of MS”.

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Bibliografia

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