Viver bem com VIH

Ir além do VIH

Viver com saúde é um desafio para muitas pessoas, quer exista ou não um diagnóstico de infeção por VIH. No entanto, quem vive com esta condição de saúde pode ser afetado por uma multiplicidade de fatores que, a curto ou longo prazo, podem ter um impacto considerável na saúde e no bem-estar, físico e emocional.^[1] Nesse sentido, a quarta meta “90”* é fundamental, pois vai além da infeção, considerando a qualidade de vida dos doentes e os vários fatores que a podem condicionar.

Cada um é especialista na sua própria qualidade de vida

Ter uma boa qualidade de vida é um conceito complexo e diversificado. Os fatores que a afetam diferem de pessoa para pessoa e até de dia para dia. Somos todos únicos, o que significa que os profissionais de saúde não podem desenvolver planos personalizados de qualidade de vida que não envolvam os interesses e necessidades de cada doente com VIH. Em última instância, cada pessoa sabe que aspetos valoriza no seu dia-a-dia. Nesse sentido, o seu médico deve saber quais são os fatores mais importantes para si no âmbito da sua qualidade de vida. É algo que deve ser discutido entre médico e doente de forma abrangente, e envolver aspetos relacionados com a saúde física, mental, sexual, ou mesmo preocupações que não estejam diretamente relacionadas com a saúde, como o estigma associado à doença VIH/SIDA.

Porque as conversas com os profissionais de saúde nem sempre são fáceis, desenvolvemos o guia Metas de Saúde para Mim que oferece orientações sobre como abordar estes temas.

Por vezes, pode questionar-se se os seus problemas são importantes para o seu médico - mas ponha de lado as incertezas, e lembre-se que é essencial que seja honesto com os profissionais de saúde que o seguem, para garantir que as suas necessidades específicas são abordadas da melhor forma.

Conversas francas e abertas, e alinhadas com os objetivos específicos de cada doente, permitem alcançar a abordagem clínica certa para cada indivíduo.