Designa-se por hematologia o estudo do sangue, das doenças do sangue e dos tecidos e órgãos que produzem sangue.[1] Dessa forma, os médicos hematologistas dedicam-se ao diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças relacionadas com o sangue, medula óssea e órgãos linfáticos, como os gânglios linfáticos, timo, baço e amígdalas, que são alimentados por células sanguíneas. Todas estas estruturas são cruciais para a resposta imunitária do corpo humano.[2]
Durante mais de três décadas, a Janssen tem-se dedicado ao avanço da investigação e a soluções na área da hematologia para atender às necessidades das pessoas com neoplasias hematológicas. O nosso objetivo não se limita a tratar as doenças do sangue, estamos igualmente focados na sua prevenção e na cura.[3]
Na Janssen, consideramos essencial a existência de colaborações robustas no sentido de encontrar soluções inovadoras e pioneiras no campo da hematologia, para transformar e alavancar a forma como as doenças do sangue são diagnosticadas e tratadas. Trabalhamos em conjunto com especialistas, investigadores e associações de doentes em todo o mundo para obter o melhor resultado possível, fornecendo uma plataforma para partilha de conhecimento e inovação na área da hematologia.[4]
Em 2019, apresentámos a Hematology Outcomes Network in Europe (HONEUR), uma rede colaborativa que tem parceria com centros de dados em toda a Europa. O HONEUR permite-nos partilhar dados do mundo real para desenvolver ainda mais o nosso conhecimento sobre doenças malignas do sangue e oferecer aos doentes o melhor tratamento possível.[5]
Para nós, o doente está no centro de tudo o que fazemos. Não queremos apenas oferecer soluções. Queremos também aumentar a visibilidade da área da hematologia, em particular das doenças do sangue, e alcançar melhores resultados, trabalhando em conjunto com associações que apoiam doentes, seus familiares e cuidadores.[6] Ao aumentar a consciencialização para as doenças hematológicas, estamos a contribuir para o aumento do apoio que lhes é prestado e a impulsionar ainda mais o desenvolvimento de medicamentos e terapêuticas, bem como tecnologias inovadoras.[7]
A Leucemia Mielóide Aguda é uma doença maligna do sangue que se desenvolve na medula óssea. Este tipo de cancro raro e agressivo afeta os glóbulos brancos que não se conseguem desenvolver, nem dar origem a células sanguíneas saudáveis.[8] Na Leucemia Mielóide Aguda, essas células sanguíneas replicam-se descontroladamente e substituem as células saudáveis, impedindo o correto funcionamento de órgãos importantes e enfraquecendo o sistema imunitário.[9]
A Amiloidose ocorre quando o corpo começa a produzir uma proteína de forma anormal, não sendo capaz de a absorver, provocando a sua acumulação em vários tecidos e órgãos.[10] Existem vários tipos de Amiloidose, sendo os quatro mais comuns a Amiloidose Primária, ou Amiloidose Al (AL), a Amiloidose Secundária (Amiloidose aa), a Paramiloidose ou Amiloidose Hereditária e a Amiloidose do Tipo Selvagem ou Sistémica Senil.[11]
A Leucemia Linfocítica Crónica é um tipo de cancro do sangue e da medula óssea de crescimento lento, que resulta na formação de pequenos glóbulos brancos com um funcionamento anormal, o que compromete o sistema imunitário. A Leucemia Linfocítica Crónica (LLC) é um dos tipos mais comuns de leucemia nos países ocidentais, representando 25% de todos os diagnósticos.[11] Em Portugal, não existem dados robustos compilados sobre a incidência e sobrevivência de doentes com esta patologia, mas estima-se que os valores sejam semelhantes aos reportados por outros países ocidentais.[12]
Em determinados casos clínicos, a Leucemia Linfocítica Crónica (LLC é usada de forma abrangente, incluindo assim o Linfoma Linfocítico de Pequenas Células (LLPC)). Apesar destas duas doenças serem praticamente a mesma, a LLC é comumente detetada no sangue e na medula óssea, enquanto a LLPC é descoberta principalmente nos gânglios linfáticos.
O Linfoma de Células do Manto é um cancro do sangue agressivo que se desenvolve na parte externa dos gânglios linfáticos.[13] Em Portugal, não são conhecidos dados publicados sobre a incidência do Linfoma de Células do Manto, mas globalmente esta patologia afeta uma em cada 100 mil pessoas, sendo considerado um tipo de cancro muito raro.[14]
O Linfoma da Zona Marginal é um cancro do sangue de crescimento lento que se desenvolve nas zonas marginais do tecido linfático, uma parte fundamental do sistema imunitário.[15] O Linfoma da Zona Marginal é um tumor maligno raro, existindo três subtipos: Linfoma do Tecido Linfoide Associado à Mucosa – muitas vezes designado Linfoma de MALT, Linfoma da Zona Marginal Nodal (LZMN) e Linfoma Esplénico da Zona Marginal (LEZM).
O Mieloma Múltiplo é um cancro raro dos plasmócitos, de crescimento lento, que enfraquece o sistema imunitário e inibe o funcionamento de órgãos importantes.[16] Nos doentes com este tipo de patologia, os plasmócitos malignos vivem mais tempo, multiplicando-se rapidamente, ocupando espaço na medula óssea e limitando o espaço para as células saudáveis.[16]
As Síndromes Mielodisplásicas são um grupo de doenças raras do sangue, de crescimento lento, que se caracterizam pela produção anómala de células sanguíneas, impedindo a função normal da medula óssea.[17] A Síndrome Mielodisplásica tem vários subtipos categorizados pelo tipo de célula sanguínea afetada e a sua raridade é variável.[18]
A Macroglobulinemia de Waldenström é um cancro dos glóbulos brancos. É raro e de crescimento lento. Desenvolve-se principalmente na medula óssea, retardando o crescimento das células do sangue, o que pode causar anemia e enfraquecer o sistema imunitário.[19]
Bibliografia