Esquizofrenia

Esquizofrenia
Esquizofrenia

A Esquizofrenia é uma doença mal compreendida e estigmatizante. Quando alguém sofre de um episódio psicótico decorrente da Esquizofrenia, os seus processos normais de pensamento são interrompidos. Isso pode dar às pessoas, à volta de um doente esquizofrénico, a perceção errada de que a pessoa com Esquizofrenia tem múltiplas personalidades, o que não é o caso. A mente esquizofrénica não está dividida, mas despedaçada.

Há também um grande equívoco em relação às pessoas com esta doença. De forma generalizada, há a ideia de que são violentas, quando na verdade são mais propensas a serem vítimas de um crime violento do que a instigarem-no.

É muito importante que os doentes diagnosticados com Esquizofrenia procurem ajuda médica adequada.

O que é a Esquizofrenia?

A Esquizofrenia é um transtorno cerebral grave, crónico e complexo. Esta doença afeta a forma como alguém pensa, sente e se comporta em sociedade.

As pessoas com esta patologia têm episódios de psicose, o que significa que podem alucinar (ver ou ouvir coisas que não existem), ter delírios (acreditar em coisas que não são reais) e lutar contra pensamentos disfuncionais.

Se a Esquizofrenia não for tratada, pode piorar a ponto de se tornar incapacitante, com repercussões significativas na educação e na carreira. Esta doença também aumenta o risco de morte precoce.

Existem tratamentos eficazes, e no entanto, 69% das pessoas com Esquizofrenia não recebem cuidados médicos adequados.

Esquizofrenia: sintomas

Embora os sintomas da Esquizofrenia possam variar de pessoa para pessoa, os sinais da doença podem ser agrupados em sintomas positivos e negativos da Esquizofrenia, bem como afetivos e cognitivos:

  • Sintomas positivos: São decorrentes da doença e representam uma mudança de comportamento ou pensamento. Por exemplo: ouvir vozes (alucinações), ter crenças falsas (delírios), agitação pessoal e desorganização do pensamento.
  • Sintomas negativos: Algumas qualidades estão diminuídas ou ausentes, como perder o interesse e a motivação nas atividades diárias; não conseguir fazer planos; não sentir emoções; ter dificuldades em expressar-se ou em iniciar uma conversa.
  • Sintomas cognitivos: Problemas de atenção, concentração e memória, como por exemplo não reconhecer pessoas; não conseguir acompanhar conversas; não conseguir aprender novas habilidades; não se lembrar de compromissos.

Muitas pessoas com esquizofrenia sofrem vários episódios psicóticos (momentos em que os sintomas positivos estão a ter um impacto mais marcado) durante a sua vida . Durante estas alturas, muitas áreas da sua vida poderão ser afetadas, incluindo os seus relacionamentos, trabalho ou estudos e vida familiar.

Qual a incidência da Esquizofrenia?

A Esquizofrenia afeta mais de 24 milhões de pessoas em todo o mundo, 3,7 milhões das quais na Europa.[^6] Geralmente, é diagnosticada em homens que estão no final da adolescência ou na casa dos vinte anos e em mulheres entre os vinte e os trinta anos.

Alguns fatores genéticos podem contribuir para o aumento do risco de Esquizofrenia. No entanto, fatores ambientais – como pobreza, stress, exposição a determinados vírus ou problemas nutricionais antes do nascimento – estão também associados a um maior risco de desenvolver esta perturbação mental. A utilização de drogas, tais como canábis, anfetaminas e cocaína, tem igualmente sido relacionada com o desenvolvimento de esquizofrenia.

O impacto desta doença mental é enorme. Estudos mostram que uma pessoa com Esquizofrenia corre mais risco de ser sem-abrigo muitas vezes porque não procura ajuda médica para doenças e infeções tratáveis. As pessoas com esta patologia têm um risco 9 vezes superior de cometer suicídio.

Cuidados e tratamento da Esquizofrenia

As causas da Esquizofrenia ainda não são claras para a ciência. No entanto, a doença é controlável com medicamentos e apoio psicossocial – idealmente em combinação. Por outro lado, quanto mais cedo se inicia o tratamento da Esquizofrenia, maior é a probabilidade de sucesso. O tratamento precoce aumenta a probabilidade de sucesso na escola e no trabalho, de alcançar uma vida independente e de desfrutar dos relacionamentos.

Os medicamentos antipsicóticos ajudam a reduzir a intensidade e a frequência dos sintomas da doença. Os antispsicóticos tanto podem ser orais diários, como de ação prolongada (administrados em intervalos de 2 semanas, uma vez por mês ou 4 vezes por ano). Embora alguns medicamentos possam ter efeitos secundários persistentes, é importante não suspender a medicação de forma repentina, uma vez que isso pode agravar os sintomas. Deve sempre consultar um médico qualificado – geralmente um psiquiatra – para tomar decisões relativamente à gestão da doença.

Alguns tipos de psicoterapia também podem ajudar a reduzir os sintomas e a prevenir recaídas e hospitalizações. A mais recomendada é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), uma vez que ajuda os doentes com Esquizofrenia a encarar o dia-a-dia e a perseguir os seus objetivos pessoais, abrindo espaço para uma vida mais saudável. Neste capítulo, a psicoterapia individual, a reabilitação e a educação familiar devem também ser considerados. Paralelamente às opções terapêuticas, a adoção de um estilo de vida saudável com a prática regular de exercício físico leva a melhorias do humor e concentração, diminui a ansiedade e o stress e ajuda a aumentar a auto-estima e a motivação.

Cuidar de alguém com Esquizofrenia

Cuidar de alguém com Esquizofrenia é desafiador, especialmente quando não se sabe como reagir perante uma situação de psicose. Esta doença é muitas vezes mal compreendida e, nesse sentido, os programas para educar e apoiar a família, amigos, cuidadores e parceiros são extremamente importantes.

As pessoas com esquizofrenia que têm apoio apresentam frequentemente mais capacidades do que aquelas que estão isoladas. Assim que os cuidadores, familiares e amigos reconhecem os sintomas psicóticos, os tratamentos disponíveis e que a recuperação é um compromisso para a vida e que devem ser um ponto chave no contacto com a equipa médica, serão mais capazes de ajudar a pessoa com Esquizofrenia.

Conheça os sinais e sintomas - O reconhecimento de sinais de alerta de recaída (dormir e comer menos, incapacidade de concentração, ideias pouco comuns, falta de higiene pessoal, isolamento social, falta de interesse e motivação nas atividades diárias) pode diminuir a angústia, reforçar a sensação de controlo e fortalecer a capacidade de ação.

Seja uma fonte de motivação - O apoio de um cuidador é crucial para que o doente veja a medicação como algo verdadeiramente importante para ficar melhor, uma vez que a toma irregular ou interrupção total são as razões mais comuns para uma recaída.

Tenha uma abordagem positiva - Falar abertamente da doença e preocupações, ao invés de criticar o comportamento e ações, pode ajudar os doentes a sentirem-se respeitados e valorizados.

Veja a análise de Kevin Jones, Secretário Geral da Federação Europeia das Associações de Famílias com Doença Mental, em como os cuidadores são parte fundamental da equipa de cuidados.
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Como preparar a consulta

Para garantir que tem o tratamento certo, precisa de conversar bastante sobre a doença e sobre como se sente. Em seguida estão algumas sugestões para o ajudar a preparar para a consulta:

1. Antes da consulta, escreva qualquer questão que queira perguntar à equipa médica (desde eventuais riscos da medicação até à existência de associações de doentes onde possa participar com os seus familiares e amigos)

2. Leve alguém consigo para a consulta para o lembrar de perguntas que deve fazer e ajudar a tirar notas

3. Refira quaisquer sintomas ou efeitos secundários que possa ter sentido desde a última vez que esteve com a equipa médica. Isto irá ajudá-los a avaliar se o seu tratamento atual está a funcionar corretamente

4. Se estiver a ter efeitos secundários que o preocupem, ou se sentir que os seus sintomas não estão controlados, peça à equipa médica para verificar se seria adequado um tratamento diferente para si.

5. Discuta as possíveis vantagens da psicoterapia com a equipa médica.

6. Garanta que informa a equipa médica de tudo o que o possa estar a incomodar e não apenas das coisas relacionadas com o diagnóstico de esquizofrenia - a sua saúde física é tão importante quanto a sua saúde mental.

Janssen & Esquizofrenia

Com mais de 50 anos de experiência, a Janssen é líder mundial em investigação em neurociência. O fundador da Janssen, o Dr. Paul Janssen, desenvolveu alguns dos primeiros tratamentos psiquiátricos e, mantendo esta trajetória, continuamos a inovar nas áreas de Esquizofrenia, da Depressão e da Demência.

Hoje, estamos focados no desenvolvimento de medicamentos para os transtornos neurocognitivos, transtornos do humor e psicose, incluindo a Esquizofrenia.

Estamos envolvidos num grande número de iniciativas para apoiar pessoas com doença mental e no combate do estigma associado à saúde mental.

Glossário

  • Psicose: Incapacidade de distinguir entre a experiência subjetiva e a realidade externa, ou seja, existe uma perda de contacto com a realidade.
  • Medicamentos antipsicóticos: A principal classe de medicamentos usada para tratar pessoas com Esquizofrenia. Também é usada para tratar pessoas com psicose.
  • Neurotransmissores: Substâncias químicas libertadas pelos neurónios que permitem a transmissão de impulsos nervosos (comunicação) a outras células.
  • Terapia Cognitivo-Comportamental: Abordagem da psicoterapia usada para tratar pensamentos disfuncionais.
  • Cuidados de Especialidade Coordenados (CEC): Programas de tratamento orientados para a recuperação de pessoas com um primeiro episódio de psicose ou um estadio inicial de Esquizofrenia. Combina psicoterapia, gestão de medicamentos e apoio social.
  • Tratamento Comunitário Assertivo (TCA): Abordagem comunitária dos serviços de saúde mental que reduz o risco de hospitalização e de indigência em pessoas com Esquizofrenia.

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Bibliografia

Magro, F. et al, PGI6 Burden of Disease and Cost of Illness of Inflammatory Bowel Disease in Portugal. Value in Health, Volume 23, S533 - S534
Azevedo, LF, Magro, F, Portela, F. Estimating the prevalence of inflammatory bowel disease in Portugal using a pharmaco-epidemiological approach. Pharmacoepidemiol Drug Saf 2010; 19: 499–510.
Mayo Clinic. Inflammatory Bowel Disease (IBD). 2021.