Menos conhecido do que a gripe ou a COVID-19, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é a causa mais comum de infeções do trato respiratório inferior em bebés e crianças em todo o mundo.[1] Também afeta idosos ou adultos com comorbilidades.[1]
Infelizmente, o Vírus Sincicial Respiratório pode ser mortal.[1] Ainda não há uma vacina contra este vírus e são poucos os tratamentos específicos disponíveis[1][2]. A maioria dos sintomas de doença desaparece espontaneamente e em poucos dias.[3]
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um agente infecioso que, tal como a gripe, se transmite principalmente em surtos sazonais.[2] Afeta os pulmões e as vias respiratórias, com sintomas semelhantes aos de uma constipação.[3] Existem dois tipos de VSR, sendo possível ser-se infetado pelo vírus mais do que uma vez.[2]
O Vírus Sincicial Respiratório é muito contagioso. Espalha-se através de gotículas respiratórias de uma pessoa infetada, quando esta tosse ou espirra, ou saliva.[1][3] Pessoas assintomáticas também podem disseminar o vírus. O vírus pode ainda ser transmitido por via indireta, através do contacto com superfícies contaminadas, como brinquedos e maçanetas.[3] O VSR espalha-se de forma especialmente rápida em escolas, creches, lares e casas de repouso.[1][4]
Os sintomas da infeção pelo Vírus Sincicial Respiratório geralmente aparecem poucos dias após o contacto com o vírus[5], embora adultos saudáveis possam ser totalmente assintomáticos.[3] Alguns adultos correm maior risco de infeção grave – sobretudo idosos, asmáticos, doentes com insuficiência cardíaca ou doença pulmonar obstrutiva crónica e imunodeprimidos.[1]
Os sintomas do Vírus Sincicial Respiratório são semelhantes aos de uma constipação comum:[5]
A infeção por VSR pode evoluir para formas mais graves, como bronquiolite ou pneumonia.[5] Se tiver algum dos seguintes sintomas, deve consultar um médico imediatamente:[5]
O vírus VSR é extremamente comum – a maioria das crianças com dois anos já o teve pelo menos uma vez.[1][3] Geralmente, este vírus aparece em "estações" específicas – entre o outono e a primavera.
O VSR é a segunda principal causa de morte na infância em todo o mundo.[1] Quase todas essas mortes ocorrem em países em desenvolvimento.[5]
Os bebés que nascem em épocas do ano em que o Vírus Sincicial Respiratório está mais ativo correm maior risco de doença grave.[1] Crianças mais novas – especialmente aquelas com menos de 6 meses ou com doenças associadas, como doenças cardíacas ou pulmonares – também apresentam maior risco de doença grave e morte.[1]
A incidência da infeção por Vírus Sincicial Respiratório é de 3 a 7% em idosos saudáveis e at é 10% em adultos de alto risco.[4] Qualquer pessoa com um sistema imunitário debilitado ou com mais de 65 anos é considerada em maior risco.[1][3]
Embora seja quase impossível evitar o VSR, existem algumas dicas que podem ajudar a preveni-lo:[3][6]
Não há uma vacina que possa ajudar a prevenir a infeção por Vírus Sincicial Respiratório.[3] No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou como prioritária a necessidade de uma vacina profilática.[7]
O palivizumabe, uma terapêutica à base de anticorpos monoclonais, está disponível para a prevenção da doença grave associada ao VSR em alguns países, sendo recomendada em bebés e crianças de alto risco.[6]
A maioria das infeções por Vírus Sincicial Respiratório é autolimitada, ou seja, desaparece de forma espontânea.[5] Se for necessário recorrer a hospitalização, podem ser acionados cuidados de suporte como oxigénio suplementar.[1]
Há algumas coisas que pode fazer para ajudar:[8]
A lista abaixo inclui exemplos de perguntas para o ajudar a iniciar uma conversa com o seu médico. Podem surgir outras perguntas relevantes com base nos seus sintomas ou histórico clínico que não estejam aqui listadas.
Ainda não existe uma vacina ou um tratamento específico disponível para o VSR.[1] Nesse sentido, estamos empenhados em encontrar soluções.
Combinamos a nossa paixão com a inovação para encontrar novos caminhos, que vão da prevenção ao tratamento, de forma a reduzir o risco associado a estas infeções.[9]
Com os avanços alcançados nos últimos anos, esperamos que em breve a infeção por VSR seja tratável e não represente uma ameaça aos grupos de maior risco.
Bibliografia