Doença de Alzheimer

Doença de Alzheimer

Ter dificuldades para se lembrar do nome de um familiar próximo, perder a capacidade de preparar uma refeição ou precisar de ajuda para realizar tarefas básicas como sentar-se: estes são alguns dos sintomas da Doença de Alzheimer. Uma forma de demência que pode ter impacto físico, psicológico, social e económico, não apenas na pessoa que sofre de Alzheimer, mas também nos seus cuidadores.[1][2]

O que é a Doença de Alzheimer?

À medida que chegamos à terceira idade, é expectável que se perca gradualmente parte da acuidade física e cognitiva. No entanto, a Doença de Alzheimer não faz parte do processo de envelhecimento natural.[1]

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva.3 Simplificando, destrói as células do cérebro ao longo do tempo.3 Esta patologia afeta a memória, o pensamento, a orientação, a linguagem, o processo de tomada de decisão e a capacidade de realizar tarefas simples. Ainda assim, não afeta a consciência.[1]

Os primeiros sintomas de Alzheimer começam por ser leves e podem ser facilmente confundidos com sinais normais do envelhecimento.[2] Em fases mais avançadas, a Doença de Alzheimer causa danos cerebrais graves, o que conduz a uma perda de memória quase total e a uma dependência completa de outras pessoas.[2]

É comum que doentes com Alzheimer também enfrentem um processo de deterioração do seu comportamento emocional, social ou da sua capacidade de motivação.[2] Por outro lado, a progressão da Doença de Alzheimer depende de cada indivíduo, da sua personalidade e do seu estado de saúde geral.[2]

Doença de Alzheimer: sintomas

Infelizmente, não existe um teste simples para determinar se alguém tem Doença de Alzheimer. Em vez disso, é importante controlar os sintomas de Alzheimer e o estado físico e mental para excluir outras possibilidades de diagnóstico. Os sinais e sintomas podem ser agrupados em fases da Doença de Alzheimer:

Precoce (Leve)[1][2]

Média (Moderada)[1][2]

Tardia (Grave)[1][2]

Precoce (Leve)[1][2]

Os sintomas são muitas vezes negligenciados ou atribuídos ao envelhecimento.

Média (Moderada)[1][2]

Os sintomas pioram, tornando-se mais óbvios e cada vez mais restritivos.

Tardia (Grave)[1][2]

Nesta fase, a doença causa dependência e inatividade.

Precoce (Leve)[1][2]

  • Esquece-se de palavras

  • Coloca objetos nos sítios errados

  • Perde-se num lugar familiar

  • Esquece-se de algo que acabou de ler

  • Esquece-se de algo que acabou de acontecer

  • Esquece-se de nomes ao conhecer novas pessoas

  • Não sabe as horas ou os dias da semana

  • Revela perda de interesse por hobbies e atividades

  • Tem problemas para fazer planos ou se organizar

  • Tem dificuldade em tomar decisões

  • Tem mudanças de humor, depressão ou ansiedade

Média (Moderada)[1][2]

  • Tem dificuldade em reconhecer familiares e amigos

  • Esquece-se de nomes e eventos recentes

  • Não consegue viver sozinho

  • É incapaz de realizar tarefas como cozinhar, pagar contas, limpar, fazer compras

  • Tem dificuldade em manter a sua higiene pessoal

  • Tem dificuldades de linguagem

  • Repete perguntas

  • Chama as pessoas repetidamente

  • Vagueia

  • Tem problemas de sono

  • Perde-se em casa e na rua

  • Há aumento da perda de memória e sensação de confusão

  • Tem alucinações

Tardia (Grave)[1][2]

  • Tem dificuldade para comer e engolir

  • Tem dificuldade em caminhar

  • Tem dificuldade em sentar-se

  • É incapaz de comunicar

  • Tem dificuldade em reconhecer familiares, amigos ou objetos familiares

  • Tem dificuldade em entender o ambiente que o rodeia

  • Sofre de incontinência urinária e fecal

  • Tem comportamentos inadequados em público

  • Usa cadeira de rodas ou está acamado

  • Tem necessidade de ter algo na mão para estimulação tátil e conforto

  • Tem delírios e alucinações

Quão comum é a Doença de Alzheimer?

Em todo o mundo, existem atualmente cerca de 50 milhões de pessoas com demência[2], sendo que todos os anos surgem quase 10 milhões[2] de novos casos. Prevê-se que o número total de pessoas com demência atinja os 82 milhões em 2030 e os 152 milhões em 2050,[2] dos quais 18,7 milhões são cidadãos da União Europeia4.

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência (demência de Alzheimer). Estima-se que a Doença de Alzheimer contribua para pelo menos 60% de todos os casos de demência em todo o mundo e que aproximadamente 5% a 8% da população geral com mais de 60 anos tenha alguma forma de demência.[2]

Cerca de 1/3 das pessoas com 85 anos ou mais poderá ter Doença de Alzheimer.3 O número de pessoas com mais de 65 anos que têm esta doença duplica a cada 5 anos.[1]

Cuidados e tratamento da Doença de Alzheimer

Ainda não há cura para a Doença de Alzheimer, nem qualquer tratamento que altere a sua progressão.[2] Atualmente, os tratamentos medicamentosos apenas conseguem diminuir os sintomas da doença. No entanto, existem vários ensaios clínicos em curso na esperança de encontrar uma solução para combater a Doença de Alzheimer.[2]

Muitos países estão a investir em planos de ação, dado que é esperado um aumento significativo do número de pessoas afetadas por demência.4

O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer pode ajudar a planear o tratamento mais adequado.[2] Garantir a deteção e o tratamento para a doença de Alzheimer garantirá o bem-estar do doente e manterá o respeito pela sua dignidade e personalidade.[2]

Numa altura em que a doença ainda não tem cura, os esforços concentram-se em fornecer apoio aos cuidadores de modo que possam melhorar a vida das pessoas com demência, bem como as suas também.

Como cuidar de alguém com Doença de Alzheimer

À medida que a doença vai progredindo, as pessoas com demência de Alzheimer deixam de conseguir desempenhar as tarefas do dia-a-dia de forma independente.3

Muitas vezes, os cuidadores dos doentes de Alzheimer são membros da família que têm outras responsabilidades próprias, como empregos e/ou filhos. À medida que os sintomas da Doença de Alzheimer pioram e os doentes se tornam cada vez mais dependentes até mesmo para as necessidades mais básicas, aumenta a probabilidade de a situação se tornar altamente esgotante e consumidora para os familiares e cuidadores, podendo tornar-se uma causa de stress e pressão física, emocional e financeira.[2]

As famílias e os cuidadores não devem, por isso, negligenciar as suas próprias rotinas de autocuidado, e é crucial que possam ter acesso a apoio por parte dos sistemas de saúde, financeiro, legal e social.[2]

Perguntas para fazer ao médico sobre Doença de Alzheimer

A lista abaixo inclui exemplos de perguntas sobre a Doença de Alzheimer para o ajudar a iniciar uma conversa com o seu médico. Podem surgir outras questões relevantes com base nos seus sintomas, estadio de doença ou historial clínico que não estejam aqui listadas.

  • Quais as fases da Doença de Alzheimer e em que fase da doença estou? Que mudanças devo esperar?
  • Existe algum tratamento para o Alzheimer?
  • Fazer exercício mental e físico preservará a minha saúde cognitiva?
  • Devo fazer ajustes no meu dia-a-dia?
  • Como posso tornar a minha casa segura e confortável para alguém com Alzheimer?
  • A que sintomas do Alzheimer devo estar atento?
  • Que tipos de cuidados posso procurar?
  • Durante quanto tempo posso viver normalmente após o diagnóstico de Alzheimer?
  • Existe alguma medicação para o Alzheimer que possa piorar a minha condição?
  • Que serviços e organizações de apoio existem?
  • Existem ensaios clínicos que me podem ser úteis?
  • O Alzheimer é hereditário?

Janssen & Doença de Alzheimer

A Janssen tem um dos programas de investigação sobre Doença de Alzheimer mais avançados do setor farmacêutico, com projetos focados nas causas da doença, bem como em estratégias para atrasar a sua progressão e possivelmente preveni-la.

Os nossos projetos incluem medicamentos orais, anticorpos ou medicamentos injetáveis, e outras terapêuticas que visam atuar na Doença de Alzheimer.

Os nossos investigadores e médicos medem o seu trabalho em termos de progresso, e não através das lentes rígidas do sucesso ou do fracasso. Dessa forma, mesmo quando as investigações não atingem o resultado esperado, as conclusões daí decorrentes podem permitir avanços importantes.

Embora atualmente não exista uma cura para o Alzheimer, as investigações em curso dão-nos razões para ter esperança.

Glossário

  • Incidência: A proporção ou taxa de pessoas numa população que desenvolvem uma condição clínica durante um determinado período de tempo.5
  • Prevalência: A proporção de pessoas numa população que tem uma condição clínica durante um determinado período de tempo.5
  • Cognição: Ação mental ou processo de aquisição de conhecimento e compreensão através do pensamento, da experiência e dos sentidos.
  • Alucinação: Quando se vê ou se ouve coisas que não existem.6
  • Delírio: Quando se acredita em algo que não existe ou que já não é verdade,6 como pensar que se tem de ir trabalhar quando se está reformado.

Associações de Doentes

Este website foi desenvolvido exclusivamente pela Janssen Pharmaceutica NV. As Associações de Doentes e as fontes listadas em baixo são meios de informação adicional e independente que lhe podem ser úteis. Os mesmos não estiveram envolvidos na criação deste website, nem têm qualquer responsabilidade em relação aos seus conteúdos.

Mês da Doença de Alzheimer

A Alzheimer’s Disease International instituiu 21 de setembro como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Assim, com o objetivo de consciencializar a sociedade e combater o estigma, anualmente assinala-se esta doença durante todo o mês.

Bibliografia

NHS. Pulmonary hypertension. Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/pulmonary-hypertension/ Última vez acedido em: outubro de 2021.
American Lung Association. Learn about pulmonary arterial hypertension. Disponível em: https://www.lung.org/lung-health-diseases/lung-disease-lookup/pulmonary-arterial-hypertension/learn-about-pulmonary-arterial-hypertension Última vez acedido em: outubro de 2021.